quarta-feira, 7 de março de 2012

Arsène Wenger e o seu Arsenal

Arsène Wenger é dono de um currículo imenso. Campeão francês como jogador (Estrasburgo-79) e treinador (Monaco-88). Vencedor da Taça do Japão (Nagoya Grampus Eight-95). Tricampeão inglês pelo Arsenal, com o último título (2004) a sair sem qualquer derrota! São os invicibles.

O lado lunar é mais complicado de explicar. Mas vamos tentar: é 15 vezes segundo classificado de qualquer competição e é o único treinador do mundo a perder as três competições internacionais (Taça das Taças-92, UEFA-2000 e Champions-2006), sem nunca ter ganho uma vez que seja! E no entanto essa “proeza” é ultrapassada de forma ingrata numa noite prometedora.

Em desvantagem por quatro golos na eliminatória, o Arsenal de Wenger entra em campo e encosta o Milan de Allegri. Nem o deixa respirar. O 1-0 de Koscielny aos sete minutos anima, o 2-0 de Rosicky aos 26’ dá ainda mais esperança, o 3-0 de Van Persie aos 43’ faz acreditar. Tudo, tudo, tudo na primeira parte.

É um vendaval de futebol ofensivo. Não que seja bem jogado nem de intenso domínio (o Milan até acaba a primeira parte com vantagem de 52 por cento na posse de bola) mas os jogadores do Arsenal parecem uns cavalos de corrida. As jogadas de perigo sucedem-se umas atrás das outras e os italianos não conseguem sequer pensar, é só pontapé para a frente na esperança de que um Ibrahimovic qualquer faça magia. A noite não é dele, nem do Milan. É sim do personalizado Arsenal.

Koscielny liberta-se facilmente de Van Bommel e 1-0 de cabeça. Thiago Silva oferece o dois-zero a Rosicky e o penálti do 3-0 é uma sanduiche (ou melhor, um kebab) de Nocerino e Mesbah (quem? pois é...., além do egípcio El Shaarawy, o Milan tem este lateral argelino).

A segunda parte é um vaivém constante. O Milan ataca, o Arsenal responde, o Milan contra-ataca, o Arsenal responde de novo. Abbiati evita o 4-0 de Van Persie aos 59 minutos e a impressionante cavalgada dos londrinos acaba por aí. Por cansaço.

O Milan – com dois guarda-redes no banco de suplentes (Roma e Amelia) – toma conta do jogo e até falha um golo escandaloso aos 77’ por Nocerino. Ainda bem que assim é. Só assim os adeptos, no estádio, em casa ou num jornal perto de si, acreditam até ao fim.

Três minutos de desconto e ainda é possível ir a prolongamento. Aos 90’+3, pep, peeeeeeep. Não há nada para ninguém mas o Arsenal merece os aplausos. Até porque demora mais tempo a cair que o Zenit na Luz.

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